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CARTAS DE INGLATERRA

raso, com o seu rancho da manhã, um numero do Times? A respeitavel Pall Mall blaguêa. Para animar, recompensar as tropas, lá estão as proclamações dos generaes. Ahi, sim, a emphase deve correr em torrentes: e quando um desgraçado homem depois de ter marchado todo um dia, com fome, com sêde, com os pés em sangue na areia e um ceu de fogo nas costas, volta á noite ao acampamento, estendido n’uma maca com duas balas no corpo — não é muito que se lhe diga que elle é o primeiro soldado do mundo!

É também «para levantar o moral das tropas» que o Times e o Spectator, fallam, de mão na cinta, e suissa ao vento, de «impor á Europa a vontade da Inglaterra?»

Não; é mera fanfarronada.

E não é só nos jornaes. Entre-se n’um club, n’um restaurante, converse-se com um conhecido, entre duas chavenas de chá — e vem logo a mesma jactancia de roncador: «Vamos dar cabo de tudo. Temos dinheiro a rodo. Cá, ao pulso inglez, nada resiste... E se o mundo respinga, quebram-se-lhe as ventas!...»

A Inglaterra perdeu as suas boas maneiras.

É forte, de certo — mas falla da sua força com a brutalidade de um Hercules de feira que esbogalha os olhos e mostra os musculos; é rica, de certo — mas