De todas estas, para mim, naturalmente, a mais interessante é a Book-Season, a estação dos livros.
Isto não quer dizer que fóra d’esta estação (outubro a março) se não publiquem livros em Inglaterra — longe d’isso, Santo Deus! Como não quer dizer que fóra da London-Season se não dance, ou fóra da Travelling-Season se não viaje. Significa simplesmente que as grandes casas editoras de Londres e d’Edimburgo reservam, para as lançar n’esta epocha as suas grandes novidades. Um livro de Darwin, um estudo de Matthew Arnold, um poema de Tennyson, um romance de Georges Meredith serão evidentemente guardados para a estação. De resto, durante todo o anno não s’interrompe, não cessa essa publicidade phenomenal, essa vasta, ruidosa, inundante torrente de livros, alastrando-se, fazendo pouco a pouco sobre a crosta da terra vegetal do globo, uma outra crosta de papel impresso em inglez.
Não sei se é possivel calcular o numero de volumes publicados annualmente em Inglaterra. Não me espantaria que se pudessem contar por dezenas de milhares. Aqui tenho eu deante de mim, no numero de ontem do Spectator, a lista dos livros lançados esta semana: NOVENTA E TRES OBRAS! E isto é apenas a lista do Spectator. Apenas o que se chama