que não o fatigassem por ora; é preciso esperar que ele se desenvolva mais um pouco.

— É pena! disse Amâncio com tristeza, afagando a cabeça de César.

— Nunca vi uma criatura para aprender as coisas com tanta facilidade! Nada vê, nada ouve que não decore logo! que não repita — tintim por tintim!

— Sim?... perguntou Amâncio, com um gesto cerimonioso de pasmo.

— E então para a música?... Aprendeu a escala em um dia! E já toca variações ao piano... tudo de ouvido!

— É admirável! repetia Amâncio, para dizer alguma coisa. Deve estar muito adiantado nos estudos!...

— Ah! estaria decerto, se pudesse estudar, mas, coitado, ainda não sabe ler!

— Ah! fez Amâncio, sem achar uma palavra.

— Mas, também, quando principiar...

— Irá longe! concluiu Amâncio, satisfeito por ter enfim uma frase. — Deve ir muito longe!

E afiançava que, pela fisionomia de César, logo se lhe adivinhava a inteligência.

— Esta fronte não engana! Dizia a suspender-lhe o cabelo da testa. — E é travesso?...

Mme. Brizard soltou uma exclamação: — Não lhe falasse nisso! Só ela sabia o capetinha que ali estava!

César abaixou o rosto com uma risada, e Amâncio declarou que "a travessura era própria daquela idade!".

E, porque o moleque se aproximava com uma bandeja na mão, cheia de copos, ergueu-se para oferecer um a Mme. Brizard e outro a Amélia.

— Muito agradecida, disse esta, sorrindo. — Sou um pouco nervosa; a cerveja faz-me mal.

— Ah! V. Excia. é nervosa?