suspiros sobre suspiros e nem uma palavra durante o dia inteiro; às vezes dava-lhe para chorar e não havia meio de a conter.

Em cima Campos tomou o chapéu e o guarda-chuva, mas, antes de sair, consultou a opinião de Coqueiro e de Mme. Brizard sobre o que melhor convinha fazer a respeito do varioloso. "Talvez fosse mais acertado levá-lo para uma boa casa de saúde!"... — Eles que se não constrangessem: se era inconveniente ficar ali o rapaz, falassem com franqueza, porque tudo se podia arranjar perfeitamente.

Mas os locandeiros protestaram logo, com energia: — Longe de ficarem constrangidos, tinham muito gosto em ser úteis ao Dr. Amâncio. — Que já o estimavam tanto, que não teriam ânimo de o desamparar, justamente quando o pobre moço, longe da família, mais precisava de cuidados!

— Verdade é que as bexigas não são das más... considerou o negociante, alisando o pêlo de seu chapéu alto. — Mas os outros hóspedes talvez não pensem como a senhora e seu marido... E daí, quem sabe?... queiram deixar a casa e...

Mme. Brizard declarou que por esse lado estava sossegada. "Os bons hóspedes não desertariam por tão pouco, e quanto aos maus, se se fossem não fariam falta."

Campos agradeceu pelo recomendado aquela boa vontade; tornou a dizer que não poupassem despesas com a moléstia e, quando porventura houvesse alguma dúvida ou alguma dificuldade, era mandar imediatamente um recadinho à Rua Direita, que ele lá estava sempre às ordens.

E ainda voltou ao quarto do rapaz para lhe rogar mais uma vez que não tivesse receio de importuná-lo em qualquer ocasião e, outrossim,