para saber se, por enquanto, ele não precisava de mais alguma coisa.

Amâncio desejava unicamente que o amigo procurasse descobrir por onde andava o Sabino, que agora lhe fazia muita falta; e, caso o encontrasse, tivesse a bondade de remeter-lho; seria um grande favor.

Veio à questão o quanto madraceavam os escravos ultimamente. Mme. Brizard jurou que não havia melhor vida do que a deles; disse que Amâncio fizera mal em consentir que um negro de sua propriedade andasse por aí tanto tempo, sem lhe prestar contas; quando, alugado, lhe podia dar de rendimento pelo menos quarenta mil-réis mensais. E, de sua parte recomendou a Campos que fizesse diligências para descobrir o tratante e o deixasse ali, que ela mostraria se o punha ou não a bom caminho.

O negociante retirou-se afinal, entre novos protestos e novos oferecimentos.

Mme. Brizard, Coqueiro e Amelinha não abandonaram o quarto do doente até mais de meia-noite; ora um, ora outro, acompanhavam-no sempre. Lúcia também aparecia de quando em quando; ao passo que o marido, sem jamais acordar completamente, nem dera pelo reboliço em que ia a casa.

Por toda a parte sentia-se já o cheiro da alfazema queimada. O esquisitão do n.º 4, muito comprido no seu poncho de brim pardo, que lhe batia desairosamente nas tíbias mal compostas, espaceava no corredor, cantarolando, em voz soturna, o De Profundis.

— Olha que agouro! resmungou a mulher de Paula Mendes ao vê-lo passar e, já encolerizada pela demora do marido, fechou a porta do quarto com um pontapé. — Logo aquela noite é que o diabo do homem entendia