Quanto à sua vida comercial, pouco se tem a dizer. Até aos dezoito anos, Campos estivera no Maranhão, para onde fora em pequeno de sua província natal, o Ceará. No Maranhão fez os primeiros estudos e deu os primeiros passos no comércio, pela mão de um velho negociante, amigo de seu pai.

Esse velho foi o seu protetor e seu guia; só com a morte dele se passou Campos para o Rio de Janeiro, onde, graças ainda a certas relações da família de seu benfeitor, conseguiu arranjar-se logo como ajudante de guarda-livros, em uma casa de comissões. Desta saiu para outra, melhorando sempre de fortuna, até que afinal o admitiram, como gerente, no armazém de uns tais Garcia, Costa & Cia.

O tal Garcia morreu, Campos passou a ser interessado na casa; morreu depois o Costa, e Campos chamou um sócio de fora, um capitalista, e ficou sendo a principal figura da firma.

Por esse tempo encontrou D. Maria Hortênsia, menina de boa família, sofrivelmente ajuizada e com dote. Pouco levou a pedi-la e a casar-se.

Nunca se arrependera de semelhante passo. Hortênsia saíra uma excelente dona de casa, muito arranjadinha, muito amiga de poupar, muito presa aos interesses de seu marido, e limpa, "limpa, que fazia gosto"!

O segundo andar vivia, pois, num brinco; nem um escarro seco no chão. Os móveis luziam, como se tivessem chegado na véspera da casa do marceneiro; as roupas da cama eram de uma brancura fresca e cheirosa; não havia teias de aranha nos tetos ou nos candeeiros e os globos de vidro não apresentavam sequer a nódoa de uma mosca.

E Campos sentiu-se bem no meio dessa ordem, desse método. Procurava todos os dias enriquecer os trens