A casa de pensão de Mme. Brizard sofreu muito com as variolóides de Amâncio. Desmanavam-se hóspedes que era uma coisa por demais.

O gentleman, o Piloto e a pérola do n.º 9, "o estimável Melinho", desde a fatal noite das cataporas, não davam notícias suas. Fontes e a mulher sumiram-se logo no dia imediato, e, por conseguinte, não metendo o tal médico do n.º 11, que já não aparecia há bastante tempo, apenas seis hóspedes restavam dos quatorze primitivos.

E ainda mesmo destes seis nem todos eram aproveitáveis; porque Paula Mendes e mais a mulher levantariam o vôo, assim que lhes chegasse uma aragenzinha de dinheiro, e o estafermo do n.º 7 também estava a despedir-se por um daqueles dias, não da casa, mas do mundo.

Certos, só Amâncio, o guarda-livros e o esquisitão do Campelo que, fugindo ao pigarro do tísico, mudara-se para o andar de baixo, mal pilhara um cômodo desocupado.

Mme. Brizard estava, pois, inconsolável. — Em sua vida de hospedeira jamais tivera um mês tão ruim!