— Não! não! apressou-se a declarar o rapaz. — Desculpa não te poder ser mais agradável.

Lúcia beijou-o de novo, e desceu enfim ao primeiro andar, acompanhada pelo Sabino que já estava à sua disposição.

Ordenou ao moleque de buscar, num pulo, uma carrocinha, e logo que esta chegou fez embarcar as malas e mandou chamar uma carruagem.

Enquanto esperava, reclamou a sua conta, atirou com o dinheiro sem olhar para quem o recebia, embolsou o troco e, em seguida, foi acordar Pereira.

— Onde vamos? perguntou este entre dois bocejos, assim que a viu em trajes de sair.

— Venha daí homem! E deixe-se de perguntas!

Pereira levantou-se espreguiçando-se e acompanhou a mulher.

Esta o fez entrar na carruagem que já havia chegado, assentou-se junto dele e disse ao cocheiro que tocasse para a Tijuca. Deu-lhe o número.

Era o número de uma outra hospedaria nas mesmas condições da que deixavam. Lúcia, que já pressupunha aquelas rápidas mudanças, tinha por cautela, uma lista das principais casa de pensão da Corte e, à medida que se servia de cada uma, riscava-a da coleção. A de Coqueiro era no rol a sexta inutilizada com o traço enérgico de seu lápis.

Entretanto, ia Pereira silenciosamente se atufando nas almofadas e, aos balanços monótonos do carro, procurava reatar o sono interrompido.