homem sério. — Foge da boêmia rapaz! Esses tipos não merecem que se lhes faça a menor coisa!... Metem os pés — sempre! Já os conheço; não seria eu quem os convidaria para a casa de ninguém! É gentinha que só está habituada a cafés e botequins, não respeitam família! Para eles as mulheres são todas iguais!...

Amâncio sorriu.

— Ora Deus queria que não tenhamos de nos arrepender!... acrescentou o outro. — E, quanto àquela roupa, podes rezar-lhe por alma... o que ali cai, fica!

O provinciano afastou-se sem responder e lamentando interiormente que, logo nessa tarde, não estivesse em casa o eloquente Dr. Tavares, que seria uma excelente perna dos brindes da sobremesa.

Mandarem-se vir dois carros. Num iria Coqueiro mais a família e no outro Amâncio com os dois amigos.

Partiram às oito horas, alegremente, num alvoroço gárrulo de festa. Mme. Brizard dera toda força à sua elegância: atirou-se ao decote, pôs a pedraria ainda do tempo do primeiro marido, e exibiu aquele rico pescoço, "que ela não trocava pelo de ninguém!"

Amelinha estreou um belo vestido de escumilha azul que lhe dera o amante. No seu colo, cor de camélia fanada, assentavam muito bem as pérolas e os rubis; seus braços, levemente dourados de penugem, sabiam, no meio da confusão caprichosa das rendas valencianas, fazer tilintar com graça os braceletes que se enroscavam nas compridas e transparentes luvas de retrós.

A cunhada, ao vê-la sair do quarto, dissera:

— Não parece uma brasileira!... Tão linda está!



Foram recebidos com transportes de júbilo por toda a família do negociante. Campos entregou a casa ao festejado, "