Recebeu no dia seguinte uma carta de Ângela; era a segunda que ela escrevia ao filho depois da morte do marido.

Já da primeira lhe suplicava que a fosse ver, logo ao entrar das férias, pois agora estava muito só e acabrunhada de desgostos; além disso, os seus padecimentos se agravavam. Amâncio que se demorasse; a infeliz tinha para si que a presença do filho substituiria com vantagem todos os remédios da botica.

Na segunda carta ainda se mostrava mais impaciente e mais aflita pelo rapaz. Falava até no receio de morrer sem abraçá-lo, caso Amâncio não se apressasse a ir em seu socorro. — A presença dele tornava-se precisa, mesmo com referências aos interesses do inventário; porquanto D. Ângela começava a desconfiar de Silveira, que não fazia outra coisa senão lhe pedir dinheiro e mais dinheiro para as tais custas. — Enfim, por todos os motivos, era urgente que Amâncio desse, quanto antes, um pulo ao Maranhão.

Amelinha, que já não ficara muito tranquila com a primeira carta, assustou-se deveras quando o amante lhe mostrou a segunda.