A pequena tinha toda a razão; Amâncio, parecia resolvido a desistir da viagem, era porque nessa mesma tarde encontrara Paiva e, na sua necessidade de expansão, levou-o para o fundo de um café e abriu-se com ele. Contou-lhe as dificuldades que o afligiam, e pediu-lhe conselhos.

— Não há que saber!... disse o consultado. — Não há que saber!... Aí só vejo dois partidos a tomar: — ser tolo — ou — não ser tolo!

E, como o outro fizesse um trejeito de má compreensão:

— Tolo, se ficares e — não tolo — se te puseres ao fresco!

— Mas, Paiva, você então acha que devo ir?... perguntou Amâncio, hesitando, a morder as unhas.

— Homem! volveu aquele — se precisas ir ao Norte, prepara-te caladinho e vai! Que necessidade tens tu de que a gente do Coqueiro saiba disso?... Deve-lhes satisfação de teus atos?... Se não deves, é aprontar as malas e... por aqui é o caminho! olha! deixa-lhe uma carta, muito delicada, já se vê, muito cheia de promessas. "Que voltas, que hás de fazer, que hás de acontecer!" E, no entanto, vai-te raspando... Porque estas