— Sim! Já em certa época descobrira em Coqueiro tais e tais sintomas de hipocrisia; ouvia-lhe tais e tais frases que o fizeram desconfiar de seu caráter!... Não tinha que ver! — Já lá estavam as tais pontas diabólicas a espetar o capuz!

E arrependia-se de não haver em tempo desviado o pobre Amâncio daquele perigo: — Andara mal! Devia preveni-lo... devia ter dado qualquer providência a esse respeito!...

E voltando-se contra si:

— Mas, onde diabo tinha eu esta cabeça, para não ver logo que um homem — que se casa especulativamente com uma velha do feitio de Mme. Brizard; um homem que consente à irmã receber presentes e mais presentes de um estranho; um homem que especula com tudo e com todos, um maroto! — não se mostraria tão agarrado ao rapaz, senão com o propósito firme de lhe pregar alguma?!... Oh! andei mal! ande mal, como um pedaço de asno!...

E apressou-se a socorrer a "pobre vítima".

— Ainda se houvesse a hipótese de uma fiança... reconsiderava ele, já em caminho da detenção. — Mas qual! Dr. Tavares, que lhe levara ao escritório a notícia do escândalo, dissera-lhe que "o crime era inafiançável e que por conseguinte não se podia evitar a prisão!" — Infeliz moço! infeliz moço! resmungava Campos, quase chorando. — Antes nunca ele viesse ao Rio de Janeiro! — Que demônio hei de eu agora escrever à família?... E a pobre D. Ângela! Coitada, como não ficará, quando, em vez do filho, receber a notícia de tanta desgraça?!... Valha-me Deus!

E foi nesse estado que Campos chegou à Casa de Correção da Rua do Conde.

Hortênsia não ficou menos impressionada; ao saber do