estes olhos! Sei, melhor que ninguém, como se armou a cilada ao pobre moço!

Campos declarou que, em benefício de Amâncio, estava pronto a fazer o que fosse preciso.

— Encarrega-se da publicação dos artigos?! exclamou o advogado.

— Pago-os até a quem os fizer... disse Campos — contanto que isso aproveite o rapaz! Todo o meu desejo é livrá-lo o mais depressa possível! É uma questão de consciência!

— Pois então, meu caro amigo, pode escrever que, ou o seu protegido não sofrerá o menor desgosto ou leva o diabo a caranguejola desta justiça de borra! Sou eu quem o afirma! Amanhã mesmo trago-lhe o primeiro artigo! Verá!

— Está dito!

Mas, nesse mesmo dia, quando Campos se dispunha a sair de casa, para ir entender-se com Saldanha Marinho que parecia resolvido a tomar a causa de Amâncio, entregaram-lhe uma carta.

Era de Coqueiro e dizia simplesmente: "Para que V. S. não continue iludido e não se sacrifique por quem não lhe merece mais do que o desprezo, junto remeto-lhe um documento que nos torna quase companheiros de infortúnio e que lhe dará uma idéia justa do caráter desse moço perverso, cuja intenção ao lado de sua família era desonrá-la como desonrou a minha!"

O negociante desdobrou, a tremer, o papel que vinha incluso e leu aquela célebre carta subtraída por Amélia alguns tempos antes.

Não quis acreditar logo no que via escrito. Uma nuvem passara-lhe diante dos olhos. "Mas não havia dúvida! Era a letra de Amâncio, era a letra daquele miserável,