caso, estudaria quando bem entendesse e, lá uma vez por outra, havia de "fazer a sua parede"!

E, só com pensar nisso, só com se lembrar de que já não estava ao alcance das garras do maldito Pires, o coração lhe saltava por dentro, tomado de uma alegria nervosa.



O Vasconcelos quis festejar o exame do filho, com um jantar oferecido aos senhores examinadores e aos velhos amigos da família.

À noite houve dança. Amâncio convidou os companheiros do ano; compareceram somente os pobres — os que não tinham em casa também a sua festa.

O pai, por instâncias de Ângela, fizera-lhe presente de um relógio com a competente cadeia, tudo de ouro. A avó, que se abalara da fazenda para assistir ao regozijo do seu querido mimalho, trouxera-lhe de presente um moleque, o Sabino.

Amâncio, todo cheio de si, a rever-se na sua corrente e a consultar as horas de vez em quando, foi nesse dia o alvo de mil felicitações, de mil brindes e de mil abraços.

Alguns amigos do pai profetizavam nele uma glória da pátria e diziam que o João Lisboa, o Galvão e outros, não tinham tido melhor princípio.

Lembraram-se todas as partidas engraçadas de Amâncio, vieram à baila os repentes felizes que o diabrete tivera até aí. Na cozinha a mãe preta, a ama, contava às parceiras as travessuras do menino e, com os olhos embaciados de ternura, com uma espécie de orgulho amoroso, referia sorrindo os trabalhos que ele lhe dera, as noites que ela desvelara.

— Já em pequeno, diziam — era muito sabido, muito