que seria mais divertido apearem-se ali e seguirem a Rua das Laranjeiras. "A casa do velhaco era a alguns passos — bem lhe podiam cantar uma serenata debaixo das janelas!"
A idéia foi bem acolhida, e a ruidosa farândola despejou-se pelo caminho das Laranjeiras num hilaridade pletórica de bêbados.
Só pararam defronte da porta de João Coqueiro. Através das vidraças e das cortinas de uma das janelas, viram transparecer dubiamente a trêmula morte-cor de uma luz avermelhada.
— Estás dormindo, ó Joãozinho dos camarões?! berrou cambaleando o que tivera a idéia daquela romaria. — Dorme, dorme! é assim que fazem os sem-vergonhas de tua espécie! — Vendem a irmã e põem-se a descansar no colchão que lhe deixou o amante!
Seguiu-se um estrupido de gritos e risos:
— Fora! fora!
— Fiau, fiau!
— Larga essa casa que não é tua, gritou aquele. — É da outra! Ganhou-a com o suor de seu rosto! — Sai, parasita!
— Sai! Sai!
E espoucavam gargalhadas no grupo, e os guinchos sibilantes iam até o fim da rua: — Fora.
— Fora!
— Fiau!
— Sai, cão!
— Deixa a casa, que não é tua! — Fora!
— Fora o cáften!
— Fiau!
Os vizinhos chegavam às janelas, vozeando furiosos contra semelhante berraria.