Coqueiro olhou um instante para ele, sem pestanejar; depois, sacou tranquilamente o revólver da algibeira e deu-lhe um tiro à queima-roupa.
Amâncio soltou um ai.
A segunda bala já não o pilhou, mas o irmão de Amélia, abstrado, pateta, continuava a disparar os outros tiros até que a arma lhe caiu das mãos.
Nisto, como se acordasse de uma vertigem, saiu a correr tropeçando em tudo. No primeiro andar uma polícia lançou-lhe as garras aos cós das calças e o foi conduzindo a sua frente, sem lhe dizer palavra.
Entretanto, Amâncio despertou com um novo gemido e levou ao peito as mãos que se ensoparam no sangue da ferida. Olhou em torno, à procura de alguém; mas o quarto estava abandonado.
Então, fechou novamente os olhos estremecendo, esticou o corpo — e uma palavra doce esvoaçou-lhe nos lábios entreabertos, como um fraco e lamentoso apelo de criança: — Mamãe!...
E morreu.