matar a fome, precisava aviar encomendas de costura e se andar alugando na casa das modistas... Era duro! Pois não achavam?!...

Os estudantes meneavam a cabeça, afirmativamente.

— Ah! continuou o Brás. Aquelas contas tinham-se de ajustar na primeira ocasião em que ele a encontrasse com o tal troca-tintas! Ah! Já não podia! Era demais! Uf!

E passeava no gabinete, a empurrar com o pé os cacos esquecidos no chão, e a sorver o ar em grandes haustos, consoladamente, como se acabasse de alijar um peso da consciência.

As palavras do Brás tranquilizaram os rapazes, cuja embriaguez parecia ter fugido com o susto. Simões chegou mesmo a rir do fato, jactando-se mais uma vez da sua eterna indiferença pelas mulheres! Com ele é que nunca haveria de suceder semelhante coisa!... afirmava.

Amâncio convidou Brás a beber, e vazou-lhe vinho num copo.

— Aquela descarada! resmungava o ciumento, examinando uma arranhadura que vinha de descobrir na mão direita. — Ela, porém, comigo está iludida! — ou me anda muito direitinha ou há de me ficar debaixo dos pés! Pedaço de uma ingrata!

E, voltando-se para o gerente, que acabava de entrar:

— O sujeitinho foi-se, hein?

— Ora!... respondeu aquele com um riso servil. — Ganhou logo a rua e... por aqui é o caminho! Ela é que, pelos modos, ficou bem convidada! Meteu-se no quarto a chorar.

— Pois que chore na cama, que é lugar quente! Não fosse ordinária! Faça lá o que bem entender, mas, com