"Enviuvou aos vinte anos; o russo não lhe deixara filhos; — voltou à família. Aí lhe apareceu então Mr. Brizard, homem de talento, político e escritor, grande republicano. A subida de Luís Felipe ao trono atirou com ele ao Brasil, onde se fez hoteleiro.

Tiveram aqui três filhos; duas mulheres e um homem. Este era o último e muito se distanciava das irmãs em idade; quando lhe faltou o pai tinha apenas sete anos.

A filha mais velha representava a glória da família: unira-se a um ministro plenipotenciário; a outra, coitada, não casou mal, porém com a morte do marido e de um filhinho que lhe ficara, tornou-se muito nervosa, histérica, e até meio pateta; agora vivia e mais o irmão em companhia da mãe."



Nessas condições, a proposta de João Coqueiro pareceu vantajosa a Mme. Brizard — Ele que trouxesse a irmã, a bela Amelita, e tudo se arranjaria pelo melhor.

Juntaram-se. Mme. Brizard revelou pronto interesse pelos dois hóspedes, principalmente pelo "Coqueirinho", como lhe chamavam em família. Fazia-se muito carinhosa com ele, queria ser a sua "segunda mãe", apreciava-lhe o talento, e andava a mostrar os versos do rapaz a todas as pessoas que apareciam à noite, para as torradas.

Reuniam-se em volta da mesa de jantar; iam buscar o loto e jogavam. Coqueiro lia a um canto, ou ficava no quarto, a cachimbar soturnamente, olhando o fumo e cismando na vida.

Mme. Brizard fazia perfeitamente as honras da casa; dava-se por mulher de muito espírito e de uma educação