rias entre si ; mas nenhuma delias he verdadeira nem falsa. Do mesmo modo o duplo e a sua metade são oppostos em razão de relativos; mas também nenhum delles he verdadeiro nem falso: e assim tambem as cousas que se comprehendem nas rubricas de efeectividade ou de privação : como a vista e a cegueira: ou em geral toda e qualquer expressão desligada ; pois em todas ellas se verifica , que nem são verdadeiras, nem falsas: no qual cabo estão todas as mencionadas; porque todas ellas são desligadas. Com tudo poderia parecer que com mais razão ainda se poderia dizer isso das expressões ligadas e entre si contrarias; por quanto: Sócrates está bom he contrario a Sócrates está doente: e também não he forçoso que destas expressões huma seja verdadeira e a outra falsa. Existindo Sócrates sim he forçoso que huma dellas seja verdadeira, e a outra falsa. Mas não existindo elle , ambas são falsas, porque tão falso he estar Socratas bom como o estar doente , quando elle absolutamente nem existe. Quanto aos casos de effectividade ou de privação, não existindo o subjeito nenhum delles he verdadeiro ; e existindo, não se segue , que hum deva ser verdadeiro e o outro falso: por exemplo : ter vista e estar cego são entre si oppostos, em razão de effectividade e privação ; porque ter Sócrates vista e ser Sócrates cego , são cousas entre si oppostas, como effectividade e privação : e não he forçoso que huma seja verdadeira e a outra falsa: quando naturalmente nelle ainda se não podia verificar nenhuma dellas, ambas erão falsas: e quando elle absoluta-