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José de Alencar
— Meu Deos!...
— Promettes? sim?...
— Sim.
Decorreram instantes. De repente ella tornou-se livida; sua voz suspirou apenas:
— Agora!...
Apertei-a ao peito e collei meus labios aos seus. Era o primeiro beijo de nosso amor, beijo casto e puro, que a morte ia sanctificar.
Sua fronte se tinha gelado, não sentia a sua respiração nem as pulsações de seu seio.
De repente ergueu a cabeça. Si visse, minha prima, que reflexo de felicidade e alegria illuminava n’esse momento seu rosto pallido!
— Oh! quero viver! exclamou ella.
E com os labios entreabertos aspirou com delicia a aura impregnada de perfumes que nos enviava o golpho de Ischia.
Desde esse dia foi pouco a pouco restabelecendo-se, ganhando as forças e a