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J. de Alencar

temor; naturalmente e como si eu fosse seu irmão ou seu marido. É porque o amor puro tem bastante delicadeza e bastante confiança para dispensar o falso pejo, o pudor de convenção de que ás vezes costumam cercal-o.

— Eu sabia que sempre havia de vir, disse-me ella.

— Oh! não me culpe! si soubesse!

— Eu culpal-o? Quando mesmo não viesse, não tinha direito de queixar-me.

— Porque não me ama!

— Pensa isto? disse-me com uma voz cheia de lagrimas.

— Não! não!... Perdôe!

— Perdôo-lhe, meu amigo, como já lhe perdoei uma vez; julga que lhe fujo, que me occulto, porque não o amo, e entretanto não sabe que a maior felicidade para mim seria poder dar-lhe a minha vida.