CINCO MINUTOS
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luz, e colloquei o lampião sobre a mesa do gabinete em que estavamos.

Para mim, minha prima, era um momento solemne; toda essa paixão violenta, incomprehensivel, todo esse amor ardente por um vulto de mulher, ia depender talvez de um olhar.

E tinha medo de ver esvaecer-se, como um fantasma em face da realidade, essa visão poetica de minha imaginação, essa creação que resumia todos os typos.

Foi, portanto, com uma emoção extraordinaria que, depois de collocar a luz, voltei-me.

Ah!...

Eu sabia que era bella; mas a minha imaginação apenas tinha esboçado o que Deos creára.

Ella olhava-me e sorria.

Era um ligeiro sorriso, uma flôr que desfolhava-se nos seus labios, um reflexo que illuminava o seu lindo rosto.