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J. de Alencar

cruzavam-se no meu espirito rapidas e confusas, emquanto eu fechava na caixinha de páo-setim os objectos preciosos que ella encerrava, copiava na minha carteira a sua morada, escripta no fim da carta, e atravessava o espaço que me separava da porta do hotel.

Ahi encontrei o criado da vespera.

— Á que horas parte a barca da Estrella?

— Ao meio-dia.

Eram onze horas; no espaço de uma hora eu faria as quatro leguas que me separavam d’aquelle porto.

Lancei os olhos em torno de mim com uma especie de desvario.

Não tinha um throno, como Ricardo III, para offerecer em troca de um cavallo; mas tinha a realeza do nosso seculo, tinha dinheiro.

Á dous passos da porta do hotel estava um cavallo, que o seu dono tinha pela redea.

— Compro-lhe este cavallo, disse