sentado no chão, estava de guarda a meia duzia de bois que pastavam tranquillamente na herva macia e tenra...
De vez em vez, quando um dos bois se approximava de algum castanheiro, o rapaz agarrava de um calhau, e atirando-lhe rasteiramente, gritava:
— Eh! malhado...
— Quantas vezes eu tambem guardei as vaccas da nossa casa! pensou Cerqueira.
— Seu moço, venha cá, disse para o rapaz, venha cá, menino!
O rapaz olhou para o forasteiro com um olhar estupido e embezerrado e deixou-se ficar.
— Venha cá, menino, que lhe não quero mal...
O pequeno não se movia.
— O rapaz é mouco, disse comsigo o viajante, e como quem conhece o coração humano, tirou a bolsa e mostrou-lhe uma moeda de prata.
— Queres isto?
De um salto o rapaz poz-se a pé, tirou a carapuça, e coçando a cabeça aproximou-se.
— Diga-me uma cousa, menino, é aqui do lugar?
— Saiba vossemecê que sim senhor.
— Conhece a tia Genoveva?
— Uma que é assim a modo bexigosa, e já muito velhinha?