FABRICIO
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Bebedo, sujo, pedinchão, madraço;
E não voltou, submisso e reverente,
Para junto da esposa desdenhada.

IV

Esta, uma tarde, ouviu, sobresaltada,
O choro de uma criança pequenina,
No corredor. Immediatamente
Abriu a porta e, muito sorprehendida,
Viu n’uma cesta, em pannos envolvida
Uma criança... um menino... ou uma menina,
Que poucos dias tinha de nascida.
— Esta creaturinha foi mandada
A minha casa por alguem, já vejo,
Que sabe o meu desejo
De ter um filho! Oh, mãe desnaturada,
Mil vezes obrigada! —
Ao dizer isto, a boa creatura
Viu na cesta um papel, e fez cem vezes
Destas sete palavras a leitura:
«Fabricio. — Ahi tens teu filho. — Olga Menezes.»
— Olga... Fabricio... Um filho delle e della!
Oh, não! ficar não deve
Commigo esta criança! O diabo a leve!...
Mas, entre os seus panninhos de flanela,
O pequenito (era um menino), como
Se percebido houvera