OS DENTES DO BRAZ
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Uma dama elegante
E desacompanhada.
— Oh, que linda mulher! que anjo! que fada! —
Murmura o Braz comsigo, — com que graça
O vestido arregaça
E pega no sombrinha!
Vou atraz della, porque está sósinha! —

II

Ocioso é dizer-vos
Que a scena representa
A rua do Ouvidor (fere-me os nervos
Dar-lhe outro nome: nenhum mais lhe assenta.)
A dama vae ao largo da Carioca,
Seguida pelo Braz; num armarinho
Entra, e elle, de pé, fica-lhe á coca.

Ella sae afinal; toma um bondinho
Da praça Onze. Elle o bondinho toma,
Disposto a acompanhal-a ao fim do mundo.

Embora fique sem jantar nem ceia,
Pois ou bem se conquiste, ou bem se coma!
Mas — oh, felicidade! — ella dá fundo
Na praça Tiradentes.
Do bondinho se apeia
E entra na loja de um joalheiro, emquanto
O Braz fica no canto,
Suspiros a soltar intermittentes.