MISS DOLLAR.
I.
Era conveniente ao romance que o leitor ficasse
muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas
por outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar,
seria o autor obrigado a longas digressões, que encherião
o papel sem adiantar a acção. Não ha hesitação possivel:
vou apresentar-lhe Miss Dollar.
Se o leitor é rapaz e dado ao genio melancolico, imagina que Miss Dollar é uma Ingleza pallida e delgada, escassa de carnes e de sangue, abrindo á flôr do rosto dous grandes olhos azues e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça em questão deve ser vaporosa e ideal como uma crea-