quando lhe entrou por casa um rapazola que tinha intimidade com elle. Chamava-se Oliveira e passava por ser o primeiro janota do Rio de Janeiro.

Entrou com um rolo de papel na mão.

Estevão escondeu rapidamente a carta.

— Adeos, Estevão! disse o recem-chegado. Estavas escrevendo algum libello ou carta de namoro?

— Nem uma nem outra cousa, respondeu Estevão seccamente.

— Dou-te uma noticia.

— Que é?

— Entrei na litteratura.

— Ah!

— É verdade, e venho ler-te a primeira comedia.

— Deos me livre! disse Estevão levantando-se.

— Has de ouvir, meu amigo; ao menos algumas scenas; dar-se-ha caso que não me protejas nas lettras? Anda cá; ao menos duas scenas. Sim? É pouca cousa.

Estevão sentou-se.

O dramaturgo continuou:

— Talvez prefiras ouvir a minha tragedia intitulada — O Punhal de Bruto...

— Não, não; prefiro a comedia: é menos sanguinaria. Vamos lá.

O Oliveira abrio o rolo, arranjou as folhas, tossio