— Que será então? perguntei eu, fitando um olhar em meu marido.
— Alguma cousa mais. O rapaz fallou-me em embarcar para o norte. Está triste, distrahido, preoccupado. Ao mesmo tempo que manifesta a esperança de ver os pais, revela receios de não tornar a vêl-os. Tem idéas de morrer na viagem. Não sei que lhe aconteceu, mas foi alguma cousa. Talvez...
— Talvez?
— Talvez alguma perda de dinheiro.
Esta resposta transtornou o meu espirito. Posso affirmar-te que esta resposta entrou por muito nos acontecimentos posteriores.
Depois de algum silencio perguntei:
— Mas que pretende fazer?
— Abrir-me com elle. Perguntar o que é, e acudir-lhe se fôr possivel. Em qualquer caso não o deixarei partir. Que achas?
— Acho que sim.
Tudo o que ia acontecendo contribuia poderosamente para tornar a idéa de Emilio cada vez mais presente á minha memoria, e, é com dôr que o confesso, não pensava já n’elle sem pulsações do coração.
Na noite do dia seguinte estavamos reunidas algumas pessoas. Eu não dava grande vida á reunião.