— Eugenia, dizia elle dando-me o braço, estás certa de que me amas?
— Estou.
— Pois bem. O que te peço, nem sou eu que te peço, é o meu coração, é o teu coração que te pedem, um movimento nobre capaz de nos engrandecer aos nossos proprios olhos. Não haverá um recanto no mundo em que possamos viver, longe de todos e perto do céo?
— Fugir?
— Sim!
— Oh! isso nunca!
— Não me amas.
— Amo, sim; é já um crime, não quero ir além.
— Recusas a felicidade?
— Recuso a deshonra.
— Não me amas.
— Oh! meu Deos, como respondêl-o? Amo, sim; mas desejo ficar a seus olhos a mesma mulher, amorosa é verdade, mas até certo ponto... pura.
— O amor que calcula, não é amor.
Não respondi. Emilio disse estas palavras com uma expressão tal de desdem e com uma intenção de ferir-me que eu senti o coração bater-me apressado, e subir-me o sangue ao rosto.
O passeio acabou mal.