Elle olhou para mim com os olhos rasos de lagrimas. Eu tinha os meus humidos.

— Adeos, disse elle repentinamente. Vou partir.

E deu um passo para a porta.

— Se me promettes viver, disse-lhe, parte; se tens alguma idéa sinistra, fica.

Não sei o que vio elle no meu olhar, mas tomando a mão que eu lhe estendia beijou-a repetidas vezes (erão os primeiros beijos) e disse-me com fogo:

— Fico, Eugenia!

Ouvímos um ruido fóra. Mandei ver. Era meu marido que chegava enfermo. Tinha tido um ataque no escriptorio. Tornára a si, mas achava-se mal. Alguns amigos o trouxerão dentro de um carro.

Corri para a porta. Meu marido vinha pallido e desfeito. Mal podia andar ajudado pelos amigos.

Fiquei desesperada, não cuidei de mais cousa alguma. O medico que acompanhára meu marido mandou logo fazer algumas applicações de remedios. Eu estava impaciente; perguntava a todos se meu marido estava salvo.

Todos me tranquillisavão.

Emilio mostrou-se pezaroso com o acontecimento. Foi a meu marido e apertou-lhe a mão.

Quando Emilio quiz sahir, meu marido disse-lhe:

— Olhe, sei que não póde estar aqui sempre;