— A tua mão.

E apertando-me a mão com uma energia suprema, voltou-se para a parede.

Expirou.

. . . . . . . . . .

Passárão-se quatro mezes depois dos factos que te contei. Emilio acompanhou-me na dôr e foi dos mais assiduos em todas as ceremonias funebres que se fizerão ao meu finado marido.

Todavia, as visitas começárão a escassear. Era, parecia-me, por motivo de uma delicadeza natural.

No fim do prazo de que te fallei, soube, por boca de um dos amigos de meu marido, que Emilio ia partir. Não pude crer. Escrevi-lhe uma carta.

Eu amava-o então, como d’antes, mais ainda, agora que estava livre.

Dizia a carta :

« Emilio. Constou-me que ias partir. Será possivel? Eu mesma não posso acreditar nos meus ouvidos! Bem sabes se eu te amo. Não é tempo de coroar os nossos votos; mas não faltará muito para que o mundo nos releve uma união que o amor nos impõe. Vem tu mesmo responder-me por boca. Tua Eugenia. »

Emilio veio em pessoa. Asseverou-me que, se ia partir, era por negocio de pouco tempo, mas que