— Completa, não? Imaginação! Marido de um seraphim, nas graças e no coração, não reparei que estava aqui... mas não precisa corar!... D’isto me ha de ouvir vinte vezes por dia; o que penso, digo. Como não te hão de invejar os nossos amigos!

— Isso não sei.

— Pudera! Encafuado n’este desvão do mundo, de nada pódes saber. E fazes bem. Isto de ser feliz á vista de todos é repartir a felicidade. Ora, para respeitar o principio devo ir-me já embora...

Dizendo isto, Tito levantou-se.

— Deixa-te d’isso: fica comnosco.

— Os verdadeiros amigos tambem são a felicidade, disse Adelaide.

— Ah!

— É até bom que aprendas em nossa escola a sciencia do casamento, accrescentou Azevedo.

— Para que? perguntou Tito meneando o chicotinho.

— Para te casares.

— Hum!... fez Tito.

— Não pretende? perguntou Adelaide.

— Estás ainda o mesmo que em outro tempo?

— O mesmissimo, respondeu Tito.

Adelaide fez um gesto de curiosidade e perguntou:

— Tem horror ao casamento?