A primeira que fallou foi Emilia:

— Ainda hoje não vinha se não fosse a obsequiosidade do Sr. Diogo.

Adelaide olhou para o velho e disse:

— O Sr. Diogo é uma maravilha.

Diogo impertigou-se e murmurou com certo tem de modestia:

— Nem tanto, nem tanto.

— É, é, disse Emilia. Não é talvez uma, porém duas maravilhas. Ah! sabes que me vai fazer um presente?

— Um presente! exclamou Azevedo.

— É verdade, continuou Emilia, um presente que mandou vir da Europa e lá dos confins; recordações das suas viagens de adolescente...

Diogo estava radiante.

— É uma insignificancia, disse elle olhando ternamente para Emilia.

— Mas o que é? perguntou Adelaide.

— É... adivinhem? É um urso branco!

— Um urso branco!

— Devéras?

— Está para chegar, mas só hontem é que me deu noticia d’elle. Que amavel lembrança!

— Um urso! exclamou ainda Azevedo.

Tito inclinou-se ao ouvido do amigo, e disse em voz baixa: