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Miss Dollar latindo; parece que a galga sahíra de casa sem ser presentida; Mendonça amimou-a e a cadellinha parece que reconheceu o medico, porque trocou os latidos em festas. Na parede do quarto de Margarida desenhou-se uma sombra de mulher; era a viuva que chegava á janella para ver a causa do ruido. Mendonça coseu-se como pôde com uns arbustos que ficavão junto da grade; não vendo ninguem, Margarida voltou para dentro.

Passados alguns minutos, Mendonça sahio do lugar em que se achava e dirigio-se para o lado da janella da viuva. Acompanhava-o Miss Dollar. Do jardim não podia olhar, ainda que fosse mais alto, para o aposento da moça. A cadellinha apenas chegou áquelle ponto, subio ligeira uma escada de pedra que communicava o jardim com a casa; a porta do quarto de Margarida ficava justamente no corredor que se seguia á escada; a porta estava aberta. O rapaz imitou a cadellinha; subio os seis degráos de pedra vagarosamente; quando pôz o pé no ultimo ouvio Miss Dollar pulando no quarto e vindo latir á porta, como que avisando a Margarida de que se approximava um estranho.

Mendonça deu mais um passo. Mas n’esse momento atravessou o jardim um escravo que acudia ao latido da cadellinha; o escravo examinou o jardim, e não vendo ninguem retirou-se. Margarida