porta da casinha, gritando: «Quem quer comprar bonitas joias?»
Os anões tinham recommendado a Branca que desconfiasse das caras estranhas, receando os emissarios da rainha, e ella tinha promettido ser prudente. Mas, quando viu as lindas cousas que a vendedeira tinha no cesto, esqueceu-se das suas promessas.
— Veja este rico collar, minha menina, eu mesmo lh'o vou por ao pescoço.»
Branca consentiu, e a rainha estrangulou-a, e foi-se embora. Quando os anões voltaram, viram a infeliz Branca estendida no chão e completamente inanimada. Arrancaram-lhe o collar, e deitaram-lhe nos labios algumas gotas d'um licor amarello. Branca começou a respirar, voltou a si pouco a pouco, e contou aos seus bons amigos o que lhe tinha acontecido.
— Pódes estar certa, disseram-lhe elles, que essa vendedeira não era outra pessoa, senão a tua inimiga, a rainha. Toma cautella, não deixes entrar aqui ninguem, quando não estivermos em casa.»
Ao entrar no seu palacio toda contente, collocou-se a rainha diante do espelho, e disse-lhe:
— Meu fiel espelho: Qual é agora a mulher mais linda que ha no mundo? Responde.
E o espelho respondeu:
— És tu nos teus grandes palacios e nos teus castellos, mas Branca está nas sete montanhas, e Branca é mais linda do que tu.»
A rainha enfureceu-se, e resolveu mais uma vez tentar aniquilar a infeliz Branca. Tornou-se