a disfarçar em vendedeira. Chegou ás sete montanhas, e bateu á porta da cabana.
— Quem quer comprar lindas joias? Branca veiu á janella, e respondeu:
— Vá-se embora, aqui não entra ninguem.»
— Tanto peor para si, respondeu a malvada, olhe este pente d'ouro. Já viu outro tão bonito?»
Branca não poude resistir ao desejo de possuir aquella joia. Abriu a porta.
— Oh! minha linda menina, deixe-me pôr-lh'o na cabeça.»
Ao dizer isto enterrou-lhe na cabeça o pente, que estava envenenado, e Branca caiu morta.
Á noite quando regressaram os anões, acharam-n'a pallida e fria. Tiraram-lhe o pente envenenado, reanimaram-n'a com a sua bebida, e tornaram a recommendar-lhe que fosse prudente.
No entanto a cruel rainha voltava contentissima para o seu palacio. Apenas chegou, foi direita ao espelho, e fez-lhe a mesma pergunta, a que o espelho respondeu como antecedentemente.
— Ah! é preciso que ella morra, ainda que para isso eu tenha de me sacrificar.
Vestiu-se de camponeza com um cesto de maçãs. Entre ellas havia uma que estava envenenada d'um lado. Foi, e bateu á porta da cabana.»
— Quem quer comprar fructa, quem quer comprar?»
— Retire-se, disse Branca vendo-a pela janella, não deixo entrar ninguem, nem compro coisa alguma.»
— Está bem, não faltará quem compre estas ricas maçãs. Mas por ser tão bonita, quero dar-lhe uma.»