do juiz. Instauraram-lhe processo, julgaram-n'o, e foi condemnado á morte.
Chegára o dia da execução. Os sinos dobravam lastimosamente, e o cortejo poz-se em marcha ao som dos canticos dos frades, que ainda assim não chegavam a dominar os sons da rabeca do condemnado, que pedira, como ultima graça, o deixarem-lhe tocar na sua rabeca até ao ultimo momento. O cortejo chegou defronte da capella da santa, e quando pararam supplicou o triste desgraçado, que o levassem lá dentro para tocar a sua derradeira melodia.
Os padres e os chefes da escolta consentiram, e o rabequista entrou, ajoelhou aos pés da santa, e debulhado em lagrimas começou a tocar. Então o povo, maravilhado e aterrado, viu Santa Cecilia curvar-se de novo, descalçar o outro sapato e mettel-o nas mãos do infeliz musico. Á vista d'este milagre, todos os assistentes, levaram em triumfo o rabequista, coroaram-n'o de flores, e os magistrados vieram solemnemente prestar-lhe as mais honrosas homenagens.