e, depois de a fazer girar tres ou quatro vezes, obrigou-a a passar pelo estreito, traçado entre a pedra e o passeio, e a triste seguiu no fio da corrente, até ir sumir-se nas profundezas da primeira boca de lobo, que encontrou na passagem!

Será pieguice, será o que o leitor quizer; mas, confesso-lhe, que me impressionou o fim da pobre boneca.

Mal passou a chuva, desci o degrau da porta e, chegado á vidraça do sapateiro, perguntei com voz involuntariamente severa:

— Porque deitaste fóra a boneca, Maricas!?

— Não fui eu... — balbuciou a pequena, chorando. — Foi ali o Joaquim!...

— E porque fizeste tu aquillo, Joaquim?...

— Ora!... — respondeu o garoto com enfado. — Ora!... Estava velha... e feia!...

Curvei a cabeça ante aquella razão, e segui o meu caminho.

Pobre boneca!