poucos dias faleceo, e em feii lugar reinou Naut fcu irmão, que fez mui pouca conta delle, e fobrc iííb ainda lhe não quiz dar licença que fahiíTe do feu Reyno, por terem coílume, que fe iá acolhem hum homem deftas partes não o leixão mais tornar, perdeo Pêro de Covilhã toda a efperança de mais tornar a eíle Reyno. Depois paliados muitos annos, em o de quinhentos e quinze, reinando David filho deite Naut, requerendo-lhe por eíle Pêro de Covilhã D. Rodrigo de Lima, que lá eílava por Embaixador delRey D. Manuel, ainda lhe negou a vinda, dizendo, que feus anteceíTores lhe deram terras, e heranças, que as comeíTe, e lograíTe com fua mulher, e filhos que tinha. E per via defta embaixada, que levou D. Rodrigo, ( da qual em feu lugar faremos relação,) viemos a faber todo o difcurfo defta viagem de Pêro de Covilhã. Porque entre os Portuguezes que foram com clle, era hum Francifco Alvres Clérigo de Miíta, a quem. elle Pêro de Covilhã deo conta de fua vida, e fe confeíTou a elle; do qual Francifco Alvres, e aíli de hum tratado, que elle fez da viagem deíla embaixada, que levou D. Rodrigo, foubemos eCtas, e outras coufas daquellas partes. E logo no anno feguinte, havendo pouco mais de nove miezcs que Pêro de Covilhã era par- ti-