Década!. Liv.!II. Cap. VI. 201
delle, mandou a Lisboa a que o agazalhaí fem bem, e dahi o paíTaíTem honradamente ao Caftello da Villa de Palmela, em o qual eileve alguns dias, em quanto elle e os feus foíTem veíHdos, e encavalgados pêra poderem ir antelle; lendo fempre fervido em todalas coufas, não como Príncipe bárbaro, e fora da lei, mas como pedia fer ′ um dos Senhores da Europa coílumado ás policias, e ferviços delia. E outro tanto lhe foi feito €m o dia da fua entrada na Corte, vindo por elle D. Francifco Coutinho Conde de Marialva, acompanhado de muita Fidalguia. Pêra o qual dia ElRey, e a Rainha fe aperceberam com apparato de cafas armadas cada hum em a fua: ElRey na fala em eíírado alto com hum docel de brocado rico, acompanhado do Duque de Beja D. Manuel, irmão da Rainha, e aíli de Condes, Bifpos, e outras peíibas notáveis; e com a Rainha eílava o Príncipe Dom Afonfo feu Filho, e muitos dos Nobres da Corte, com todalas Damas vertidas de feita. E porque na falia que Bemoij fez ncfta primeira chegada, e vifta delRey, fegundo anda efcrita perP.uy de Pina, Chroniíla mor que foi deíle F.eyno, aíll na Chronica, que deíle Rey compoz, a relação da fortuna defte Príncipe Bemoij eílá tão curta, quanto he copiofa em os louvores dei-
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