Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/340

deo grande animo a toda a gente, pêra quão quebrado o levava, tendo tanto navegado íem achar mais que Negros bárbaros, como os de Guiné, vizinhos de Portugal. E a gente defte rio peró que tambemi foíTc da cor, e cabello como elles erami, havia entre elles homens fulos, que pareciam mefticos de Negros; e Mouros, e alguns entendiam palavras do Aravigo, que lhe fallava hum marinheiro per nome Fernão Martins 3 mas a outra lingua própria nenhum dos noíTos a entendia doncle Valco da Gama fufpeitava, que eíles Negros aííi na cor, como nas palavras do Arábio podiam ter communicação com. os Mouros, da maneira que os Negros de Jalof tem com os Azencgues. E os mais delles traziam derredor de íi huns pannos d′algodão tintos de azul, e os outros toucas, e. pannos de feda, té carapuças de chamalote de cores. Com os quaes ílnaes, e outros que elles deram, dizendo, que contra o nafcimento do Sol havia gente branca, que navegavam em náos, comxO aquellas fuás, as quaes cllcs viam paíTar pêra baixo, e pêra cima d′aquella coda, poz Vafco da Gama nome a elle rio dos Bons íinaes. Finalmente com eftas novas, e fegu rança da gente na communicação que tinham com os noíTos per modo de commercio de mantimentos da

ter-