O relatório apresentado em 1888 pelo sr. José C. de Carvalho sobre o transporte do meteorito de Bendegó, os trabalhos do ilustre professor Caminhoá e algumas observações de Martius e Saint-Hilaire fazem com que não seja de todo desconhecida a região do extremo norte da Bahia determinada pelo vale do Irapiranga ou Vaza-Barris, rio em cuja margem se alevanta a povoação que os últimos acontecimentos tornaram histórica — Canudos.
Pertencente ao sistema huroniano ou antes erigindo-se como um terreno primordial indefinido entre aquele sistema e o laurenciano, pela ocorrência simultânea de quartzitos e gnisses graníticos característicos, o solo daquelas paragens, arenoso e estéril, revestido, sobretudo nas épocas de seca, de vegetação escassa e deprimida, é, talvez mais do que a horda dos fanatizados sequazes de Antônio Conselheiro, o mais sério inimigo das forças republicanas.
Embora com a regularidade que lhes é inerente passem sobre ele impregnados de umidade adquirida em longa travessia do Atlântico, na direção de noroeste, os ventos alísios — a ação benéfica destes é em grande parte destruída, simultaneamente, pela disposição topográfica e pela estrutura geognóstica da região.
Assim é que falta a esta, talvez, correndo em direção paralela à
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Série de dois artigos publicados em O Estado de S. Paulo (14 de março e 17 de julho de 1897), ambos escritos antes de partir o autor para Canudos. Os trabalhos foram publicados pela primeira vez em livro no volume Canudos (Diário de Uma Expedição), Rio de Janeiro, José Olympio, 1939.