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vulgares. Não tinha doutrina sua, e aiidava munido de um exemplar das Horas Mariannas, donde tirava a sciencia! Era um missionário a seu geito. Com tão poucos recursos fana- tisou as populações que visitou, que o tinham por Santo Antonio Apparecido! Pregava contra os pentes de chifre e chalés de lan e as mulheres queimavam estes objectos para o satisfazer. A musa popular vibrou a seu respeito e exhalou-se em quadras como estas: Do céo veio uma luz que Jesus Christo mandou; SanfAntonio Apparecido dos castigos nos livrou. Quem ouvir e não aprender, quem souber e não ensinar no dia de juizo a sua alma penará». Antonio Xisto Albano (Dom)—Filho do Coronel José Francisco da Silva Albano, e D.a Liberalina Angélica da Silva Albano, fallecida a 10 de Agosto de 1900, Barão e Baroneza da Aratanha, nasceu em Fortaleza a 6 de Agosto de 1859. Neto paterno de Manoel Francisco da Silva e materno de José da Costa e Silva e de D.a Maria Theophilo da Costa e Silva, fallecida a 7 de Agosto de 1900. Cursou as aulas do collegio Atheneu Cearense de 1870 a 1874. A 6 de Abril de 1874 seguiu em companhia dos paes para a Europa, permanecendo em Portugal no collegio dos Padres Lazaristas de Lisbôa até Junho de 1876, e depois em França onde estudou no collegio dos Irmãos da Doutrina Christã em Dreux e mais tarde no dos Padres Lazaristas em Montdidieux, onde concluiu os preparatórios. Durante esse tempo passou alguns mezes na Inglaterra e percorreu França, Italia, Suissa, Bélgica, Áustria e Allemanha. Em Outubro de 1880 entrou para o Seminário de S. 144 Digitized by Google Original from UNIVERSITY OF CALIFÓRNIA