Pompeu escreveu uma critica em um dos Cearense de Abril de 1875 e de Mario ou as Desventuras de um voluntário, romance publicado em folhetim no jornal Constituição de Fortaleza em 1869. O drama O Escravo deu-lhe entrada no Gremio Dra¬ mático do Recife ao lado de Castro Alves, Joaquim Villela, Almeida Cunha e outros bellos talentos daquella epocha. Consta que deixara ainda em manuscripto uma biogra- phia do senador Thomaz Pompeu, uns apontamentos para a historia do abolicionismo no Ceará, que ninguém melhor que elle poderia escrever attento a parte saliente que tomou nessa campanha gloriosa, e uma traducção dos Cânticos de David. Francisco Antonio Gomes de Mattos—Nasceu em Icó, e é irmão do Conego Constantino Gomes de Mattos, de quem tratei á pag, 206. Homem de acrisolada piedade, coube-lhe ser o 1.° pre¬ sidente do Conselho Central da Sociedade de S. Vicente de Paulo do Ceará, installado a 4 de Abril de 1885. E’ actualmente negociante na cidade do Recife. Cabe-lhe tambem a autoria da l.a traducção da Imitação de Christo publicada por Brasileiro, embora o livro não traga seu nome. Os bibliographos se tem dados a tratos para descobrir quem fosse o autor da Imitação. Seria Thomaz A. Kempis? Seria João Gerson, chanceller da Universidade de Paris ? Seria Pedro, da Abbadia de Cava dei Tirreni ? Seria D João Gersens, benedictino de Verceil ? Todas as probabili¬ dades pendem para o ultimo, sobretudo depois que de Gre- gory encontrou o celebre manuscripto, dito dos Avogrado ou Avocatis, do seculo XII pelo qual se concluiu que a Imitação andava pelas mãos dos devotos antes do nascimento de Gerson (1363—1429) e A. Kempis (1380—1471). Já agora os futuros bibliographos não terão que empregar esforços para chegar ao conhecimento de quem foi por ventura o autor da l.a 267 Digitized by Google Original from UNIVERSITY OF CALIFÓRNIA