raducção Brasileira da Imitação, apezar das cautelas de que se cercou a modéstia do confrade Vicentino. Sobre esse trabalho do douto e piedoso patrício escre¬ veu assim o Dr. AFfonso Celso lunior, a quem se deve tam¬ bem primorosa traducção em verso dos dois primeiros livros da Imitação. «Versão brazileira, propriaménte dita, nenhuma havia até 1897. Supprio então a triste falta e de modo digno de elevado encomio a que foi editada no Recife por Mattos, Caminha & C.a. Não indica o nome do auctor que se revela, entretanto, douto e virtuoso varão. Foi approvada pelos Arcebispos da Bahia e Rio de laneiro, bem como pelos Bispos de Olinda, Parahyba e Ceará. Esse trabalho faz honra ás lettras patrias. Está feito em optima linguagem,—claro, conciso, elegante e raro se aparta do original. Sobreleva a de Roquete (inteiramente calcada, embora de forma brilhante, no francez de Lainennais) onde se notão certas heresias. Sobreleva ainda a de Freitas, preciosa, aliás, por eminentes qualidades, c.itre as quaes avul¬ ta a de se ater, como nenhum outro, ao texto latino, trasla¬ dado, de ordinário, palavra por palavra. Freitas, porem, pom- pêa tamanho luxo de classicismo, serve-se 110 commun de locuções tão archaicas, que se torna aspero, baldo de nal;i ralidade, inacessível á maioria dos leitores. Só a eruditos é dado apreciar-lhe devidamente o elevado valor». Transcrevendo tão elogioso conceito de pessoa com¬ petentíssima como é Affonso Celso, conceito que subscreve¬ mos in totum, ajunta a Era Mova, do Recife, as seguintes palavras: «Muito grato nos é salientar estas palavras do illustre escriptor Brasileiro a respeito do trabalho do Snr. Francisco Antonio Gomes de Mattos, que, aliás, já tinha para enchel-o d’um santo desvanecimento as palavras d’aquelle grande genio que tão cedo desappareceo no tumulo, o saudoso Arcebispo D. João Esberard quando lançou a sua approvação á mesma 268 Digitized by Google Original from UNIVERSITY OF CALIFÓRNIA