E pronunciava essa palavra como se ela simbolizasse a maior injúria possível.
Começara o verão de 1855.
Uma manhã apareceu Geraldo em minha casa. Entrou, conforme o seu costume, estrepitosamente, e cantarolando não sei que ária do seu repertório italiano.
— Vai ver minha irmã! disse passando por mim e sumindo-se pelo interior da casa.
Voltou logo com o charuto aceso:
— Tua irmã? perguntei sem compreendê-lo.
— Sim, Mila, que amanheceu com uma febre danada.
— Ah! É como médico que me pedes para ir ver tua irmã?
— Pois então!... Vamos; veste-te; o carro está na porta à espera.
— Mas, Geraldo... Foi tua família que mandou chamar-me?
— Foi meu pai.
— A mim, designadamente?
— E esta!... Mandou-me chamar um médico; tu és um... logo!
— Quem sabe! Talvez não lhe inspire confiança.
— Ora Deus!... Ele não entende disso!
Ao entrar no carro, Geraldo despediu-se: