V. S. um médico de sua confiança, habituado a tratar na família.

— Já não existe! exclamou com um soluço. Qualquer outro que venha me responderá o mesmo que o senhor! Meu Deus! Condenado a ver morrer minha filha, sem poder salvá-la.

— Bem, Sr. Duarte. Eu tratarei de sua filha.

A moléstia era realmente grave; nada menos do que uma pneumonia dupla. Tive de lutar contra a enfermidade rebelde e a tenacidade inflexível de um caráter singular de menina, habituada a ver satisfeitas todas as suas vontades, como ordens imperiosas.

Emília tomara-me tal rancor, que não me deixou mais penetrar em seu aposento. Se adormecia, e eu advertido por Julinha ou por D. Leocádia me chegava ao leito, mal lhe tocava o pulso, ela acordava com sobressaltos, volvendo os olhos inquietos pelo aposento.

Ocultava-me então do lado da cabeceira, entre a parede e o cortinado, e daí esgueirava-me pela porta. Uma ocasião um olhar de Julinha traiu-nos; ela surpreendeu-me e gritou cobrindo o rosto:

— Deitem fora este homem!

D. Leocádia e o irmão se afligiam muito com os caprichos de Emília; mas não tinham nem a força nem a vontade de contrariá-la, embora temessem a cada instante que a minha susceptibilidade se ofendesse com aqueles modos ríspidos.

Mas o meu orgulho de médico principiante estava empenhado nessa cura. Era ela que devia me