falava pouco; apenas de espaço a espaço dizia algumas palavras; mas escutava com visível interesse, séria umas vezes, outras sorrindo.
Quando confirmei esta minha observação, senti n'alma o agridoce dos prazeres, que à semelhança do vinho se derrancam no coração.
— É uma namoradeira! murmurou minha alma vingada, porém triste.
A beleza sem mácula dessa menina humilhava-me; mas a profanação de sua alma, que eu lobrigava naquelas preferências de sala, me confrangeu o coração.
— Não é por ela que eu sinto — pensava eu — É por sua família, especialmente por seu pai, a quem estimo.
Como procurava eu iludir-me!
Por esse tempo Emília fez a sua entrada no Cassino.
— Já viu a rainha do baile? disseram-me logo que cheguei.
— Ainda não. Quem é?
— A Duartezinha.
— Ah!
Realmente, a soberania da formosura e ele