vasos, pinturas e tapeçarias; encheu-se de ricas mobílias; teve grande trem, numerosa criadagem e serviço magnífico à européia.
Um dos novos criados, que não me conhecia, levara meu cartão de visita. Esperando, eu observava pelas janelas, à luz frouxa das estrelas, os tabuleiros de relva e os alvos passeios que se recortavam na areia da chácara. Nada sabendo ainda, sentia em tudo quanto me cercava o tato delicado das mãos de Emília.
Ouvi perto de mim a voz do Sr. Duarte.
— Bem aparecido, doutor, nesta sua casa! Cuidei que estava mal com ela!
O negociante conduziu-me, através de grandes salas, que estavam acabando de decorar, a uma saleta do lado oposto do edifício.
D. Leocádia cosia junto à mesa; Emília estava ao piano; mas vendo-me entrar, levantou-se, correspondeu com a costumada frieza ao meu cumprimento, e foi recostar-se à sacada.
Passei alguns instantes a conversar com D. Leocádia junto à mesa. O negociante sentara-se numa cadeira de palha à porta do terraço, onde regularmente todas as noites fumava seu charuto.
— Sr. Duarte! disse eu alteando a voz.